Falar da Escola Regina Altman, em poucas linhas, é difícil. Formei-me em 1999, tendo estudado lá desde os meus 4 anos. Minha mãe, Monica Magalhães, trabalhou por 20 anos como professora e, depois, coordenadora, o que para mim era bom porque tinha conta na cantina no nome dela e ruim porque quando eu aprontava ela sempre sabia mais rápido do que as outras mães.
São tantas lembranças boas, tantas histórias, eu sempre falei que a Escola era uma extensão da minha casa, até nas férias ia para lá ajudar a cuidar dos bichos que viviam na antiga Unidade 1, na Rua Barão de Penedo. Eram patos, galos, pavões, galinhas, coelhos, jabutis, e eu sempre um amante da natureza ia para lá. Enquanto minha mãe trabalhava, alimentava e cuidava dos bichos. Vai ver que foi por isso que resolvi estudar Biologia.
Certa vez que achei um sapo e, também, filhotes de passarinhos que caíram do ninho. Eu tinha uma autorização especial para levá-los ao Orquidário para serem cuidados, sempre acompanhado de algum funcionário. Fiz isso muitas vezes.
Outra lembrança que tenho são das gincanas que envolviam toda a Escola e os familiares de todos os alunos. Para
cumprir as provas íamos atrás de diversas coisas, como álbuns de família antigos, fotos, quadros, tínhamos que achar a lista telefônica mais antiga, o objeto mais velho que alguém tinha em sua casa e por aí vai.
Tinham as disputas esportivas, também, de dança, era um dia que a família toda participava e todos interagiam de forma divertida. Fiz amizades que duram até hoje. A minha turma sempre se reúne, não só uma vez por ano, mas quase todo final de semana. E isso não aconteceu só com a minha turma, mas com outras, também, porque lá no colégio você acabava conhecendo até a bisavó dos seus amigos, pois todos estavam presentes nas festas de família, campeonatos de futebol, festas juninas, gincanas e no dia a dia.
Tentei resumir dez anos que passei lá em poucas linhas e sei que não contei nem 10% do que tenho de memórias dos anos mais importantes que uma criança passou, anos de formação, lá eu era o Rodrigo, não era o número 26, lá era tratado como um indivíduo.
Agradeço, também, todos os professores que sempre nos tratavam com carinho e dedicação, eles merecem muito nosso respeito e admiração.
Obrigado, Tia Eliana e Tia Martha pelas experiências e histórias que vivi.
Rodrigo estudou na Escola Regina Altman entre 1989 e 1999. É formado em biologia pela PUC. Atualmente, trabalha como gestor ambiental.